sábado, 30 de abril de 2011

Tac



Ouve-se um estalo da cozinha. Depois outro, e mais outro...
Eles não cessam. Era o relógio de parede.
Apenas uma unidade de medida numerada pelos homens. Aquela máquina não me conhece, não sabe donde vim, não sabe para onde quero ir.
Meus pensamentos não se medem em segundos, os dias não calculam o quanto demoro para pensar e os anos nem imaginam minha idade.
Mas os estalos não cessam, meu pulso também não.

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